Sunday, 30 December 2012

Palestrina, uma outra personagem Romana a não perder.




Sunday, 9 September 2012




Giulio Caccini, também conhecido por Giulio Romano pela sua ligação a Roma.
Um músico e compositor a descobrir.
Nasceu em 1551 e morreu com 67 anos.





Saturday, 8 September 2012

Pequeno artigo extraído do Irish Times de hoje (08-09-2012).

Este rapaz foi meu professor de Art History na University College Cork.
Ainda é possível ser uma homem do renascimento. Uma inspiração.

JP McMahon, chef and restaurateur

 

TRUE CHARACTERS: I describe myself as . . . an obsessive educationalist, with an interest in food, literature and art.

 
I didn’t set out to be a chef . . . I studied art history and English at degree level and I am currently finishing my PhD in American art of the 1960s and 1970s. I still teach occasionally in UCC. But half way through my PhD (I was always chefing) we got the chance to open a restaurant.

I think there are massive parallels between art and cooking . . . I love photography as well. Cooking is very aesthetic, it has a history, there are trends – just like art. I come to food as an academic and I go to academia as a chef. It’s more interesting this way.

My cooking inspiration comes from . . . my own endless search through food. Because I didn’t study food systematically, I’m always finding new and interesting things and techniques with which to develop. I’m also very bookish (I have a library of more than 4,000 books), so I love buying cookbooks.

Ours is a family business . . . My wife manages our three restaurants, I cook and teach. My brother leads the front-of-house team in Aniar and my sister is our graphic designer. My father and my brother part financed Cava so we wouldn’t be there at all if it wasn’t for them.

It gives me a buzz when . . . I’m cooking in the middle of a busy service and things are going smoothly and to plan. I also love taking pictures on my phone to upload (this is the photographer in me). It’s not enough just to cook good food, I want to show it to people, tell them about it and teach them how they can do it. I’m also a pig nose-to-tail fan so I love butchering things whole (breaking them down) and using as much of the animal that I can.

The best advice I’ve ever been given . . . is to follow your own vision with integrity and purpose. It’s not an easy road and it may take 15 years and you may get side-tracked but keep going.

The next big thing in the restaurant business will be . . . smaller food plates and more focused (local/regional) menus. Not exactly tapas but places where you can go to get really good food, high quality, small bites.

My dream dinner party guests would be . . . Samuel Beckett, James Joyce, WG Sebald, and Caravaggio.

And I’d cook . . . a free range pig-on-the-spit, with duck fat chips with a salad of Stephen Gould’s leaves. And my own star anise and smoked paprika ketchup.

Five things I always have in my larder . . . sea salt, butter, olive oil, black pepper, and cream.

My ideal day off is spent . . . reading, writing and spending time with my two young girls, Heather (3) and Martha (6 months). Oh, and my wife Drigín as well.

I’m passionate about . . . food, art, literature and educating people about the interconnectedness of these three areas.

I wish I was better at . . . chess, I love the game but I never get to get to practise.

I often imagine myself as . . . a writer living in New York, eking out a bohemian existence.

Not many people know this about me, but . . . I went to singing college in my late teens, so I can sing a song or two.

My guilty pleasure is . . . ice-cream, I’m a demon for it.


JP McMahon is a father, a chef and a lecturer in art history. He runs Cava Spanish restaurant and tapas bar, Aniar restaurant and Eat gastropub in Massimo in Galway

Friday, 7 September 2012


Piranesi e Roma, Roma e Piranesi...
Nem sempre a Roma de Piranesi é a mais verdadeira, mas é sem dúvida fascinante.

A Piazza Navona de Piranesi
Piranesi

Friday, 31 August 2012

Thursday, 30 August 2012

Wednesday, 29 August 2012




Em Schull, West Cork, há maravilhas como esta.
Chega-se, desce-se em direcção ao cais e aí está.
Vale a pena.

Saturday, 25 August 2012


Esta semana completei 12 anos a viver na Irlanda. Um ápice.
Tudo mudou. Muito.
Ganhei amigos, leituras, bandas sonoras para sempre.
Sou melhor pessoa.

Monday, 20 August 2012

 
Pára-me de repente o pensamento
Como que de repente refreado
Na doida correria em que levado
Ia em busca da paz do esquecimento.

Pára surpreso, escrutador, atento,
Como pára um cavalo alucinado
Ante um abismo súbito rasgado,
Pára e fica, e demora-se um momento.

Pára e fica, na doida correria.
Pára à beira do abismo, e se demora.
E mergulha na noite escura e fria
Um olhar de aço, que essa noite explora.
Mas a espora da dor seu flanco estria,
E ele galga e prossegue sob a espora...


Ângelo de Lima





Saturday, 7 April 2012

Wednesday, 28 March 2012


Borromini e Romário – meter o Rossio na Rua da Betesga


Romário foi treinado por Cruyff na equipa do Barcelona do princípio dos anos 90. O brasileiro era considerado pelo seu treinador um jogador de trato complicado, mas um verdadeiro génio da grande área.
Romário

Romário, dizia Cruyff, de um lenço de assoar faz um latifúndio.

Romário era então capaz de um espaço muito curto fazer maravilhas. Uma nesga, uma viela, um beco para muitos seria o suficiente para que o avançado demonstrasse o seu talento. Fazia-o com elegância, altivez e facilidade. Uma finta de corpo, uma esquiva e a bola estava na baliza adversária.

O espaço disponível era exíguo, mas o talento de Romário eliminava essa limitação. Eram actos de ilusionismo e de escapismo.

Francesco Borromini foi um arquitecto que viveu entre 1599 e 1667 e que partilhou com Bernini e com Pietro da Cortona algum do protagonismo da arquirtectura barroca em Roma.


Francesco Borromini
Diz-se que tinha temperamento difícil e que terá desenvolvido uma rivalidade acesa com Bernini.

O nome de Borromini é essencialmente associado às igrejas de Sant’Agnese in Agone (obviamente situada na Piazza Navona), com Sant’Ivo alla Sapienza e com San Carlo alle Quattro Fontane (San Carlino).

A minha favorita é a de San Carlino justamente numa das esquinas da Quattro Fontane, no Quirinal.
 O nome de San Carlino é adequado. Como português entendo perfeitamente que os diminuitivos vão muito para além de qualificar tamanho, mas que também têm um sentido carinhoso, de preciosidade, de uma complexidade recatada e circunspecta. Beber umas cervejinhas ou comer uns bifinhos não significa que fiquemos com sede ou com fome, mas sim que a tarefa e os objectos nos são queridos e que são muito mais do que parecem ou soam (lá está a nossa mania com os carros quitados e com as marquises convertidas em extensão de quarto).
San Carlo alle Quattro Fontane - Fachada
A via delle Quattro Fontane é muito movimentada e a igreja pode passar despercebida, mas alguém avisado ou um olhar atento descobrirá a fachada côncava e dinâmica da igreja.
 A entrada é apertada e discreta e dá a impressão de que me dirijo a um espaço pouco maior de que uma sala de jantar de dimensão média. A surpresa está no interior.

 A igreja – que afinal pertence a um pequeno complexo monástico com claustro e quejandos – parece esticar-se para os lados e para cima em direcção a uma cúpula com padrões intrincados.

Apesar da exiguidade do espaço o olhar necessita de tempo para descobrir  todos os recantos, altares e formas que dão a ilusão de movimento, de vários cenários a explorar e de um espaço enorme e rico.


San Carlo alle Quattro Fontane - Cúpula
 A exuberância e jocosidade do barroco estão presentes ainda que, nas formas e nas cores, de uma forma menos ostensiva do que outros exemplos do barroco (como por exemplo Santa Maria della Vittoria, de Bernini, não muito distante de San Carlino).



Tudo parece detalhado e desenhado para usar todo o espaço disponível de forma elegante e bela e sou levado a crer que estou num espaço enorme. O logro resulta.

Borromini, tal como Romário, da escassez criava abundância e, para meu deleite, fabricava a ilusão de que tudo é possível.



Tuesday, 27 March 2012


António Tabucchi morreu há dias.
Um pouco por toda a Europa, a notícia da sua morte acaba por ser indissociável de Portugal, de Lisboa, de Pessoa. Até na morte promove o nosso país. O nosso país que também era dele.

Li vários livros do António Tabucchi, mas será sempre o “Afirma Pereira” na edição da Quetzal que maior marca deixou. Talvez pela idade que eu tinha ou pelo momento da vida que atravessava, mas foi o “Afirma Pereira” que me uniu a António Tabucchi. Até que também eu deixe de viver.

Thursday, 22 March 2012


Pugilist Resting – Benfica dá palmada nas nalgas ao Porto


The Palazzo Massimo alle Terme is part of the National Roman Museum and is one of the many amazing museums of Rome.

This one is very close to Termini station and is also very close to the hotels where I have stayed when visiting Rome.

As it closes around 7.45pm, it is always a great way of ending the day after returning to the hotel or while the family eats an ice cream in a gelateria nearby.

Amongst many other great things, you may admire the Boxer Quirinal a Hellenistic Greek statue dated around 330 BC of a pugilist resting.

It is an impressive and moving bronze statue. A pugilist resting after a tough fight, the marks and scars on his face looking up and also perhaps a questioning look of someone who is no longer in his younger years and is now maybe asking questions about the purpose of all this, about the real cost of each fight, of each victory.

Pugilist comes from the Latin pugnacis, pugnax for combative, and pugnare to fight or pugnus for fist.

Pugilista vem do Latim pugnacis ou pugnax para combativo, do pugnare para lutar ou mesmo pugnus para punho.

De pugnacis temos depois uma série de outras palavras que usamos com grande frequência como impugnar de lutar ou fazer oposição a alguém com razões, expugnar para tomar de assalto pela força das armas (claro que inexpugnável será o mesmo que invencível ou que não pode ser tomado) e repugnar de reagir contra ou causar repulsa,.

Temos ainda pungente ou seja que punge ou pica e que é doloroso ou comevedor.

 Pungente é uma palavra apropriada para descrever a vitória de ontem do Benfica sobre o Porto. Terá sido dolorosa e foi muito comovente a forma pueril como jogadores e treinador do Porto reagiram à evidente superioridade do Benfica.






Tuesday, 20 March 2012

 Tomb of Rafaello Sanzio da Urbino

Raphael's tomb, Pantheon, Rome
The tomb of Raphael can be visited when visiting the Pantheon, in Rome.

Raphael died, aged 37, in 1520 and left us with marvellous pieces of work.

On his tomb we can read:
 

“Living, great nature feared he might outvie

Her works; and dying fears herself to die.”




The School of Athens in te Vatican Museum,
 by Raphael.

Monday, 19 March 2012


Rome – the foundation

It is quite easy and straight forward when you think of it.
According to the legend, Troy fell in 1184 BC and its hero Aeneas (son of Anchises and the goddess Aphrodite) escapes the city carrying with him his father and his son Ascanius.
Aeneas wanders for years on the Mediterranean (including a love affair with Dido in the city of Carthage) until he reaches Italy where Ascanius, by now grown up, founded the city of Alba Longa not that distant from the site where eventually Rome would be founded. The year is now 1152 BC.
Ascanius begins a line of kings of which the last one was called Amulius who takes over the throne of Alba Longa from his rightful occupant, his own brother Numitor.
Numitor had a daughter named Rhea Silvia.
So that Rhea could Silvia would not produce a son and a potential threat and heir to the throne, Amulius makes her a Vestal Virgin.
Mars, the war god, gets frisky and impregnates Rhea Silvia (a god getting a Virgin impregnated…this sounds familiar…)
Amulius realising that Rhea was pregnant gets her arrested and Rhea dies of ill treatment.
However – and this is the crucial bit – before dying she delivers her two twin sons, Romulus and Remus.
Amulius then orders his men to throw the twins into the river Tiber.
His men, however, mess up and dump the two boys on the shallow waters of the river’s edge and go away.
Luckily, the two boys are found by a she wolf that feeds them with its own milk until they are strong enough to be brought to adulthood by the royal herdsman, Faustulus.
The two boys then overthrow Amulius and restore Numitor to his rightful place as king of Alba Longa and it is then that they decide to found a new settlement on the bank of the river Tiber where they had been found and this becomes the city of Rome.
The year is now the legendary 753 BC.
With plots like this who needs to watch soap operas!?
Aeneas escaping the burning city of Troy is a scene profusely reproduced by various artists throughout the centuries. One of my favourites is Bernini’s sculpture in Galleria Borghese in Rome.
Aeneas being a hero of Troy against the Greeks and a son of the goddess Venus provides the heroic and divine origin a city like Rome deserves.
This is a story of propaganda. Julius Caesar, for instance, traced his ancestors back to Aeneas so that he could claim his origins in a hero linked with the gods.
The iconic statue of the she wolf with Romulus and Remus can be admired in the Capitoline Museum, Rome.
The statue of the she wolf is dated V century BC of Etruscan origin (even though recently this has been disputed by Anna Maria Carruba in her “La Lupa Capitolina – Un bronzo medieval” according to which the famous statue could be dated in the Middle Ages which just reiterates that Rome is always ready to be discovered again and endlessly).
The twins were added around the end of the XV century by the Florentine artist Antonio Pollaiuolo.


Sunday, 18 March 2012

Roma e Carrigaline – elefantes fazem furor

Desenho de Hanno em Roma
Em 1514 D. Manuel I, rei de Portugal, enviou para Roma uma comitiva, liderada pelo embaixador Tristão da Cunha, com inúmeras ofertas para celebrar a tomada de posse de Giovanni de Medici como Papa Leão X.

As ofertas enviadas celebravam os tempos áureos dos Descobrimentos Portugueses enaltecendo as riquezas e o exotismo que as terras Africanas e Asiáticas proporcionavam.

Hanno, um elefante asiático adquirido na Índia por Afonso de Albuquerque, fazia parte da comitiva e fez enorme furor passando a ocupar de destaque no Vaticano e no coração do novo Papa, mas também em inúmeras obras de arte, pinturas, esculturas e poemas.

A fascinante história de Hanno tem contornos de grande interesse e é muito bem contada no livro de Silvio A. Bendini “The Pope’s Elephante”.
 

Ontem nas celebrações de St. Patrick’s day na parada de Carrigaline (em Cork, Irlanda), quatro enorme elefantes assumiram o estatuto de atracção principal.

Em Roma do século XVI como em Carrigaline do século XXI, a figura dos elefantes foi símbolo de exotismo e de espanto capaz de provocar enorme excitação a quem assistia à parada. Eram muitos os olhares e as expressões maravilhados. Eu diria que estrelas da música pop actual não conseguiriam reunir maior atenção do que a que aqueles quatro pacientes animais obtiveram ontem.


No final do dia, no Gaelic Bar, entre pints de Guinness eram muitas as pessoas que recordavam o evento do dia.


Elefantes na rua principal de Carrigaline durante
a parada de St Patrick's
Havia quem jurasse haver tocado nos elefantes. Outro garantia que às tantas um dos elefantes havia mostrado sinais de revolta e agressividade e que não fosse ele gritar de vozes de comando que havia aprendido durante umas férias na Tailândia e sabe-se lá o que poderia ter acontecido.

Outro ainda jurava que um dos elefantes lhe tinha roubado umas batatas fritas com sal e vinagre que ele comia na altura e que não fosse a sua mulher ter-lhe apelado à calma e que ele esteve a dois passos de trepar para a cabeça do animal.

Histórias bem regadas cuja veracidade não posso garantir, mas na altura em que foram reveladas faziam perfeito sentido e que demonstram bem o impacto que a visita dos elefantes teve na para de St. Patrick’s.

Em Roma como em Carrigaline...



Thursday, 15 March 2012


The Grand Tour - A grande viagem a Roma

Em particular durante o século XVIII foram muitas as figuras célebres que visitaram Roma.

Fazia parte da educação de um gentleman, de um verdadeiro nobre e detentor de elegância e cultura fazer uma viagem de uns dois anos que passasse de forma obrigatória por Roma.

Estas viagens tiveram grande importância também nos países de origem já que os viajantes levavam consigo influências literárias, artísticas, arquitectónicas para além de novos hábitos de indumentária, gastronómicos e de comportamento e etiqueta.

Um exemplo merecedor de destaque foi Goethe e o seu livro “Italian Journey”.


Wednesday, 14 March 2012


Túmulo de John Keats, no cemitério Protestante em Roma
 

Junto à Piazza di Spagna, em Roma, a casa museu de John Keats merece uma visita.

Keats morreu em Roma em Fevereiro de 1821 vítima de tuberculose. O seu túmulo está localizado no cemitério protestante de Roma (também conhecido como Cimiterio Testaccio) junto à pirâmide de Caio Cestio.

Este era um cemitério para quem não era Católico Romano e estava, por isso, localizado distante to centro da cidade e fora da muralha de Roma.


Richard Krauthiemer, autor do brilhante livro “Rome, Profile of a City 312 – 1308” também descansa neste cemitério de Roma.

Inscrição no túmulo de John Keats:



This Grave contains all that was mortal, of a Young English Poet, who on his Death Bed, in the Bitterness of his heart, at the Malicious Power of his enemies, desired these words to be Engraven on his Tomb Stone:
Here lies One Whose Name was writ in Water.






Tuesday, 13 March 2012

Monday, 12 March 2012


Para David Silva – Michelangelo’s inspiration for his David lives in Alverca, Portugal

24 hours in Rome with family

This is meant to be a very quick and high level guide for someone who, for the first time, is going to visit Rome and who has one day only.

Rome is endless. One life is not enough. One day in Rome, however, beats a lifetime in Moscavide, Tallaght or Slough.

Obviously, we are forced to make choices and to leave out of our itinerary some amazing, marvellous, interesting landmarks of Rome.
We are also forced to adjust these suggestions to a family with children. This means, for example, that the Vatican Museum is not in the plan. Amazing as it is, a visit to the Vatican Museum requires a lot of time (a scarce resource) and is not child friendly. Should the Vatican Museum be a “must” and an unavoidable choice, then the itinerary would need to be adjusted.

Please be aware that the Romans are not particularly nice and friendly. You are there, however, to visit Rome and should not allow the Romans’ crankiness spoil it for you.

If there was justice in this world, Rome would be inhabited by Irish people. What we would lose in style, poise and glamour, we would gain in friendliness, happiness and sense of humour.

A few pieces of advice should be considered:

1.       Invest in a guide or a guided tour for the day – Rome is magnificent and even with more time you’re likely to overlook things that you should visit. With just one day, time is of the essence. Someone who can guide you, save you the time of looking at a map and point out for you the main features is priceless

2.       Make sure you do include in your itinerary time to enjoy the city. Rome is not a theme park. Ensure that you allow time for some leisure, for a good meal, for a couple of drinks, for an ice cream, for a cappuccino, to watch the Romans go by, to absorb the atmosphere

3.       Please do some research. Having an idea of Rome’s history and of what you’re looking at will enhance the pleasure you’ll take from this visit.

4.       Be aware of the pickpockets. I find Rome a very safe city, but it is also known for having a good few people who, given a chance, are willing to relieve of the weight of your wallet.

5.       Do not wear shorts. Firstly, and especially if you’re Irish, for aesthetic reasons. Irish people are simply too pale to be allowed showing off any bits and pieces of the body that go beyond your face, arms and hands. Secondly because you may be denied access to some churches like St. Peter’s basilica.

Start the day at St. Peter’s Basilica. The earlier the better. People, generally speaking, are a nuisance and that’s even more valid when they spoil the atmosphere of St. Peter’s and when they increase the queues to go through the security check.

Some of the obvious highlights include the Pietà by Michelangelo, the baldacchino by Bernini, Cappella del Santissimo Sacramento, St Peter’s Chair, Urban VIII’s monument and Alexander VII’s monument both by Bernini, Statue of St Pieter by Arnolfo di Cambio (if you’re allowed to rub the statue’s foot do not forget to ask for Benfica’s victory of the Portuguese league) and the statues at the crossing of the transept.

Wander through the basilica and enjoy. When done follow the signs to the Papal tombs and visit the tombs of some of the Popes buried in Rome (including John Paul II).
Leave the basilica and take some time to observe the Piazza San Pietro designed by Bernini.

Resist the temptation of eating around the Vatican. With very few exceptions, you will more than likely be overcharged.

Walk down via della Conciliazone towards Castel Sant’Angelo (or Hadrian’s mausoleum) and cross the Tiber using Ponte Sant’Angelo (Bernini again).

Continue walking through the narrow streets towards Piazza Navona. Admire the fountains and in particular the Fountain of the Rivers (Bernini yet again) and the church of Sant’Agnese in Agone by Borromini.
This is also a nice place to sit down, stop for a few minutes and allow the children to run around.

Very close to Piazza Navona you’ll have a few interesting things to see. Across from the Corso Vittorio Emanuele you have Campo di Fiori with a very interesting and colourful street market and Giordano Bruno’s statue.

Very close to the opposite end of Piazza Navona you also have the church of Sant’Agostino with Raphael’s fresco of the prophet Isaiah and Caravaggio’s Madonna di Loreto.

Just around the corner from the middle entrance to Piazza Navona you also have the church of San Luigi dei Francesi where you’ll be able to admire Caravaggio’s masterpieces “The Calling of St. Mathew”, “The Martyrdom of St Mathew” and “the inspiration of St Mathew”.

In relation to visits to churches please keep in mind that most close for lunch time (usually from 12.30 to 3.30).

And you also have The Pantheon which is one of the absolute highlights of Rome.

Speaking of highlights… also very close to Piazza Navona, in vicolo Savelli, you can have one of the best pizzas in Rome in pizzeria Montecarlo. I strongly suggest pizza Montecarlo and the bruschettas, but they also serve very good pasta.

This pizzeria closes on Mondays and is usually very busy so it is important to time your lunch in order to get there early enough also considering that you’ll want to pick a good table to accommodate the children.

The only issue I have with pizzeria Montecarlo is that they do not serve coffee. However, in order to enjoy one their superb pizzas I am prepared to ignore this otherwise serious handicap and just have my coffee in any place around the corner.

So depending of the time you arrive at Piazza Navona, I suggest you squeeze some of the above suggestions before lunch time and then go for lunch and relax.

Quick note: Not far from Piazza Navona (perhaps a 5 to 10 minute walk) you also have la via dei Portoghesi and the church of Sant’Antonio dei Portoghesi. It isn’t a major attraction especially if you have serious time constraints, but it might be of interest to some Portuguese when visiting Rome and it is a very nice church run by very friendly people.

In the afternoon it is time to walk to the famous Fontana di Trevi. Despite being always very busy during the day, once you’re so close to one of the most famous landmarks of Rome it would be a shame to miss it. From piazza Navona and with children it will probably take you 10 to 15 minutes on a leisurely walk.

From Fontana di Trevi I suggest you take the direction of Piazza di Spagna. It isn’t far, but it is a bit of a climb. So, if you do not fancy the walk, you may want to consider taking a taxi to save yourself the time and the energy. Obviously, you'll miss one more opportunity to walk the streets of Rome...

The Spanish steps are also a very famous landmark of Rome and I guess it is worthwhile seeing it if it is your first time in Rome. Also admire the fountain by Bernini (the father) Fontana della Barcaccia. If you had more time you could visit Keats and Shelley Museum or the church of Trinità dei Monti and it is also the lack of time your perfect excuse to discourage your wife from visiting some of the most fashionable shops in Rome in via dei Condotti.

At this point I am guessing that it is mid-afternoon and that you’re getting tired and that your children, whose cooperation has probably been bought with ice creams, are probably getting a bit cranky and so the last thing you want is to submit them to another walk.

My suggestion is, therefore, to hop on a taxi (they are very well identified) and go to the Coliseum. Remember: you must not leave Rome without going to the Coliseum.

It is an impressive sight from the outside, but I would recommend going on a guided tour of the inside.

Next to the Coliseum you also have the arch of Constantine and this is when your prior research and guidebook come in handy so that you can admire it.

Should you, at this point in time, have some energy and time left, then I would suggest a few possible scenarios:

a)      Walk through the Roman Forum, have a real taste of classical Rome, walk the Via Sacra towards the Capitoline (the children can run wild) and pretend you are an emperor coming from an triumph against the barbarians

b)      Walk the via dei Fori Imperiali to the Monumento a Vittorio Emanuele II and go around the corner to Piazza di Campidoglio designed by Michelangelo (and admire the statue of Marcus Aurelius and perhaps visit the amazing Capitoline Museum where you have the famous she wolf and where you have access to an outstanding view over the Roman Forum)

c)       Go to San Pietro in Vincoli (I believe that the church does not close until 6pm during the Winter and maybe 7pm during the spring and Summer) and admire the relic of the chain that bound St Peter when he was imprisoned in Jerusalem and in Rome (Mamertine Prison) and the impressive statue of Moses by Michelangelo


For food near the Coliseum, one possible option is Trattoria Luzzi in via di San Giovanni in Laterano. It is closed on Wednesday (I think), but it is very reasonably priced, the food is good and it has some character. Word of advice: I would not trust any other restaurant close to the Coliseum.

And your day is ending… I hope you have enjoyed the one day visit to Rome and that you, at the very least, have the will to return and to learn more about this fantastic city.


Saturday, 10 March 2012

Rome in literature

“I, Tiberius Claudius Drusus Nero Germanicus This-that-and-the-other (for I shall not trouble you yet with all my titles), who was once, and not so long ago either, known to my friends and relatives and associates as “Claudius the Idiot” or “That Claudius”, or “Claudius the Stammerer”, or “Clau-Clau-Claudius”, or at best as “Poor Uncle Claudius”, am now about to write this strange history of my life;”

“I, Claudius” by Robert Graves

Thursday, 8 March 2012


Testículos, pequenas testemunhas

O novo e o antigo testamentos da bíblia supostamente validam a vontade de Deus. Essa validação vem em forma de testemunho de quem supostamente viu, sentiu, escutou a palavra e a presença de Deus.
A origem da palavra testamento parece vir do latim testis para testemunha e é a raiz de algumas palavras interessantes.
Temos, por exemplo, detestar que literalmente significaria denunciar alguém com o nosso testemunho, temos contestar para testemunhar com ou trazer para acção alguém com conjunto com o nosso testemunho, temos protestar para testemunhar publicamente em favor de ou testemunhar antes de.

Temos ainda testículo. Testículo vem do latim testiculu e significa pequena testemunha.

Há várias teorias para explicar de onde vem a ligação de testículo a testemunha. Os testículos seriam evidência ou testemunha da virilidade do homem.
Desconhece-se com precisão como eram feitos os juramentos na antiguidade, mas tudo indica que não seriam efectuados com a mão junto ao coração.
Uma teoria indica que no passado as testemunhas fariam o seu juramento ou dariam a sua garantia com a mão nos testículos. Outra teoria aponta no sentido de que os juramentos das testemunhas fossem efectuado com a mão nos testículos da pessoa a quem (ou perante quem) estavam a jurar... Façamos uma pausa para imaginar como seria se esta prática se mantivess até aos nossos dias...

Na idade média surgiu a lenda da Papisa Joana de acordo com a qual uma mulher de grande erudição e disfarçada de homem teria ganho tal notariedade nas ordens eclesiásticas ao ponto de ser eleita Papa.
Sedia Stercoraria
A história não acabou nada bem já que, estando grávida, durante uma procissão em Roma com percurso da basílica de S. Pedro para a basílica de S. João Latrão, perto da igreja de São Clemente, a Papisa terá entrado em trabalho de parto. A populaça que assistia à procissão, horrorizada e muito pouco compreensiva e preparada para este tipo de evento, terá atado os pés da Papisa a um cavalo que a arrastou pelas ruas da cidade culminando num apredejamento até à morte.
Uma morte muito pouco simpática, mas que terá servido como forte aviso para outras mulheres com intenções similares.
Desta lenda – aliás, desprovida de verdade – ficou uma outra prática também lendária.
Na eleição dos Papas e para evitar mais episódios como o da Papisa Joana, o eleito sentar-se-ia numa cadeira com uma abertura na base – sedia stercoraria, literalmente cadeira do excremento - que permitiria a que um subalterno judicioso, dedicado e, sem dúvida, com grande sentido de carreira com a sua mão comprovasse tratar-se de um homem.
Uma vez mais, os testículos servindo de testemunha. Habemus Papam.


Comprovação táctil da virilidade do Papa
Testículos servindo de testemunha





Wednesday, 7 March 2012

Rome in literature

“Cowards die many times before their deaths;
The valiant never taste of death but once.
Of all the wanders that I yet have heard,
It seems to me most strange that men should fear,
Seeing that death, a necessary end,
Will come when it will come.”

Julius Caesar, by William Shakespeare

As pontes de Roma e fazer ponte em Portugal

 Roma é também uma cidade de pontes.

Uma delas é a Ponte Fabricio (também conhecida pela Ponte dei Quattro Capi por ter por dois Janus de quatro cabeças) que é a mais antiga ponte de Roma e que, quase inalterada desde 62 a.C., permanece uma firme sobrivente à fúria pretérita do rio Tibre.
Janus era o deus romano dos começos e das transições, das entradas, das portas, das pontes, dos fins e do tempo quer em termos físicos quer em termos metafóricos e simbólicos.

De Janus obtemos, por exemplo, janela e Janeiro (o mês de calendário e mesmo o meu amigo Paulo agora residente em terras francesas e, sem dúvida, descendente de um deus clássico).
Esta ponte liga o antigo gueto judeu à ilha Tiberina onde podemos encontrar a igreja de San Bartolomeu que ocupa o lugar do antigo templo dedicado a Esculápio, deus grego da Medicina.
Do outro lado da ilha temos a travessia para o Trasteve e o bairro bairro tradicional dos judeus em Roma.


Ponte Fabricio, ou Ponte Quattro Capi, Roma

 Uma outra ponte famosa é a Ponte de Sant’ Angelo com as fabulosas esculturas de Bernini (na verdade, são réplicas) representando os símbolos da paixão de Cristo.

Ponte Sant' Angelo, em Roma, com estátuas de Bernini
e Castel Sant'Angelo ou Mausoléu do Imperador Adriano
Ponte Sant' Angelo, Roma

Durante séculos esta seria a principal via seguida por peregrinos vindo de toda a Europa para chegar à basílica de S. Pedro. Em 590, o Papa Gregório I, o Grande, (o tal que dá o nome ao canto Gregoriano) vindo em peregrinação a São Pedro implorando o fim da peste que assolava Roma, ao chegar à ponte terá tido uma visão do arcanjo São Miguel embainhando a sua espada e assim dando sinal do fim da peste. Este episódio dá o nome à ponte e ao Castel Sant’Angelo e antigo mausoléu do imperador Adriano.

A construção de pontes em Roma era um cargo de grande importância presume-se desde a era Etrusca. Era tarefa tecnicamente complicada e de grande responsabilidade. As pontes eram decisivas na expansão e defesa do território, no desenvolvimento económico, no resultado de batalhas e tinham também uma grande variedade de conotações simbólicas.
Este cargo tinha a denominação de pontifex (presume-se que de pons = ponte e fex = raiz de facere, fazer) e foi adoptado por os mais altos sacerdotes e governantes romanos (por exemplo, imperadores de cônsules adoptaram também este título) e passou a ser pontifex maximus. Ainda hoje o Papa tem o título de sumo pontífice e temos a palavra pontificado.

Não se entende, portanto, a recente obsessão de acabar com as pontes em Portugal. É evidente que a prática de fazer ponte junto a um feriado aproximava, em termos simbólicos, muitos Portugueses da Roma clássica e até do Papa Sumo Pontífice. Quanto mais não seja em termos etimológicos... era sinónimo de civilização avançada e erudição clássica.