Saturday, 31 March 2012
Friday, 30 March 2012
Wednesday, 28 March 2012
O espaço disponível era exíguo, mas o talento de Romário eliminava essa limitação. Eram actos de ilusionismo e de escapismo.
A minha favorita é a de San Carlino justamente numa das esquinas da Quattro Fontane, no Quirinal.
O nome de San
Carlino é adequado. Como português entendo perfeitamente que os diminuitivos
vão muito para além de qualificar tamanho, mas que também têm um sentido
carinhoso, de preciosidade, de uma complexidade recatada e circunspecta. Beber
umas cervejinhas ou comer uns bifinhos não significa que fiquemos com sede ou
com fome, mas sim que a tarefa e os objectos nos são queridos e que são muito
mais do que parecem ou soam (lá está a nossa mania com os carros quitados e com
as marquises convertidas em extensão de quarto).
A via delle
Quattro Fontane é muito movimentada e a igreja pode passar despercebida, mas
alguém avisado ou um olhar atento descobrirá a fachada côncava e dinâmica da
igreja.
A entrada é apertada e discreta e dá a impressão de que me dirijo a um espaço pouco maior de que uma sala de jantar de dimensão média. A surpresa está no interior.
A igreja – que
afinal pertence a um pequeno complexo monástico com claustro e quejandos –
parece esticar-se para os lados e para cima em direcção a uma cúpula com
padrões intrincados.
A exuberância e
jocosidade do barroco estão presentes ainda que, nas formas e nas cores, de uma
forma menos ostensiva do que outros exemplos do barroco (como por exemplo Santa
Maria della Vittoria, de Bernini, não muito distante de San Carlino).
Borromini, tal como Romário, da escassez criava abundância e, para meu deleite, fabricava a ilusão de que tudo é possível.
Borromini e Romário – meter o Rossio na Rua da
Betesga
Romário foi
treinado por Cruyff na equipa do Barcelona do princípio dos anos 90. O
brasileiro era considerado pelo seu treinador um jogador de trato complicado,
mas um verdadeiro génio da grande área.
Romário |
Romário, dizia
Cruyff, de um lenço de assoar faz um latifúndio.
Romário era então
capaz de um espaço muito curto fazer maravilhas. Uma nesga, uma viela, um beco
para muitos seria o suficiente para que o avançado demonstrasse o seu talento.
Fazia-o com elegância, altivez e facilidade. Uma finta de corpo, uma esquiva e
a bola estava na baliza adversária.
O espaço disponível era exíguo, mas o talento de Romário eliminava essa limitação. Eram actos de ilusionismo e de escapismo.
Francesco
Borromini foi um arquitecto que viveu entre 1599 e 1667 e que partilhou com
Bernini e com Pietro da Cortona algum do protagonismo da arquirtectura barroca
em Roma.
Francesco Borromini |
Diz-se que tinha
temperamento difícil e que terá desenvolvido uma rivalidade acesa com Bernini.
O nome de
Borromini é essencialmente associado às igrejas de Sant’Agnese in Agone
(obviamente situada na Piazza Navona), com Sant’Ivo alla Sapienza e com San
Carlo alle Quattro Fontane (San Carlino).
A minha favorita é a de San Carlino justamente numa das esquinas da Quattro Fontane, no Quirinal.
San Carlo alle Quattro Fontane - Fachada |
A entrada é apertada e discreta e dá a impressão de que me dirijo a um espaço pouco maior de que uma sala de jantar de dimensão média. A surpresa está no interior.
Apesar da
exiguidade do espaço o olhar necessita de tempo para descobrir todos os recantos, altares e formas que dão a
ilusão de movimento, de vários cenários a explorar e de um espaço enorme e
rico.
San Carlo alle Quattro Fontane - Cúpula |
Tudo parece
detalhado e desenhado para usar todo o espaço disponível de forma elegante e
bela e sou levado a crer que estou num espaço enorme. O logro resulta.
Borromini, tal como Romário, da escassez criava abundância e, para meu deleite, fabricava a ilusão de que tudo é possível.
Tuesday, 27 March 2012
António Tabucchi morreu há dias.
Um pouco por toda a Europa, a notícia da sua morte acaba por ser indissociável de Portugal, de Lisboa, de Pessoa. Até na morte promove o nosso país. O nosso país que também era dele.
Li vários livros do António Tabucchi, mas será sempre o “Afirma Pereira” na edição da Quetzal que maior marca deixou. Talvez pela idade que eu tinha ou pelo momento da vida que atravessava, mas foi o “Afirma Pereira” que me uniu a António Tabucchi. Até que também eu deixe de viver.
Sunday, 25 March 2012
Thursday, 22 March 2012
Pugilist Resting – Benfica dá palmada nas nalgas
ao Porto
The Palazzo Massimo alle Terme is part of the National Roman
Museum and is one of the many amazing museums of Rome.
This one is very close to Termini station and is also very
close to the hotels where I have stayed when visiting Rome.
As it closes around 7.45pm, it is always a great way of
ending the day after returning to the hotel or while the family eats an ice cream
in a gelateria nearby.
Amongst many other great things, you may admire the Boxer
Quirinal a Hellenistic Greek statue dated around 330 BC of a pugilist resting.
It is an impressive and moving bronze statue. A pugilist
resting after a tough fight, the marks and scars on his face looking up and
also perhaps a questioning look of someone who is no longer in his younger
years and is now maybe asking questions about the purpose of all this, about
the real cost of each fight, of each victory.
Pugilist comes from the Latin pugnacis, pugnax for
combative, and pugnare to fight or pugnus for fist.
Pugilista vem do
Latim pugnacis ou pugnax para combativo, do pugnare para lutar ou mesmo pugnus
para punho.
De pugnacis temos
depois uma série de outras palavras que usamos com grande frequência como
impugnar de lutar ou fazer oposição a alguém com razões, expugnar para tomar de
assalto pela força das armas (claro que inexpugnável será o mesmo que
invencível ou que não pode ser tomado) e repugnar de reagir contra ou causar
repulsa,.
Temos ainda
pungente ou seja que punge ou pica e que é doloroso ou comevedor.
Tuesday, 20 March 2012
Tomb of Rafaello Sanzio da Urbino
Raphael's tomb, Pantheon, Rome |
The tomb of Raphael can be visited when visiting the
Pantheon, in Rome.
Raphael died, aged 37, in 1520 and left us with marvellous
pieces of work.
On his tomb we can read:
“Living, great nature feared he might outvie
Her works; and dying fears herself to die.”
The School of Athens in te Vatican Museum, by Raphael. |
Monday, 19 March 2012
Rome – the foundation
It is quite easy and straight forward when you think of it.
According to the legend, Troy fell in 1184 BC and its hero
Aeneas (son of Anchises and the goddess Aphrodite) escapes the city carrying
with him his father and his son Ascanius.
Aeneas wanders for years on the Mediterranean (including a
love affair with Dido in the city of Carthage) until he reaches Italy where
Ascanius, by now grown up, founded the city of Alba Longa not that distant from
the site where eventually Rome would be founded. The year is now 1152 BC.
Ascanius begins a line of kings of which the last one was
called Amulius who takes over the throne of Alba Longa from his rightful
occupant, his own brother Numitor.
Numitor had a daughter named Rhea Silvia.
So that Rhea could Silvia would not produce a son and a
potential threat and heir to the throne, Amulius makes her a Vestal Virgin.
Mars, the war god, gets frisky and impregnates Rhea Silvia
(a god getting a Virgin impregnated…this sounds familiar…)
Amulius realising that Rhea was pregnant gets her arrested
and Rhea dies of ill treatment.
However – and this is the crucial bit – before dying she
delivers her two twin sons, Romulus and Remus.
Amulius then orders his men to throw the twins into the river
Tiber.
His men, however, mess up and dump the two boys on the
shallow waters of the river’s edge and go away.
Luckily, the two boys are found by a she wolf that feeds them
with its own milk until they are strong enough to be brought to adulthood by
the royal herdsman, Faustulus.
The two boys then overthrow Amulius and restore Numitor to
his rightful place as king of Alba Longa and it is then that they decide to
found a new settlement on the bank of the river Tiber where they had been found
and this becomes the city of Rome.
The year is now the legendary 753 BC.
Aeneas escaping the burning city of Troy is a scene
profusely reproduced by various artists throughout the centuries. One of my
favourites is Bernini’s sculpture in Galleria Borghese in Rome.
Aeneas being a hero of Troy against the Greeks and a son of the
goddess Venus provides the heroic and divine origin a city like Rome deserves.
This is a story of propaganda. Julius Caesar, for instance,
traced his ancestors back to Aeneas so that he could claim his origins in a
hero linked with the gods.
The iconic statue of the she wolf with Romulus and Remus can
be admired in the Capitoline Museum, Rome.
The statue of the she wolf is dated V century BC of Etruscan
origin (even though recently this has been disputed by Anna Maria Carruba in
her “La Lupa Capitolina – Un bronzo medieval” according to which the famous
statue could be dated in the Middle Ages which just reiterates that Rome is
always ready to be discovered again and endlessly).
The twins were added around the end of the XV century by the
Florentine artist Antonio Pollaiuolo.
Sunday, 18 March 2012
Roma e Carrigaline – elefantes fazem furor
Desenho de Hanno em Roma |
Em 1514 D. Manuel
I, rei de Portugal, enviou para Roma uma comitiva, liderada pelo embaixador
Tristão da Cunha, com inúmeras ofertas para celebrar a tomada de posse de
Giovanni de Medici como Papa Leão X.
As ofertas enviadas
celebravam os tempos áureos dos Descobrimentos Portugueses enaltecendo as
riquezas e o exotismo que as terras Africanas e Asiáticas proporcionavam.
Hanno, um
elefante asiático adquirido na Índia por Afonso de Albuquerque, fazia parte da
comitiva e fez enorme furor passando a ocupar de destaque no Vaticano e no
coração do novo Papa, mas também em inúmeras obras de arte, pinturas,
esculturas e poemas.
A fascinante história
de Hanno tem contornos de grande interesse e é muito bem contada no livro de
Silvio A. Bendini “The Pope’s Elephante”.
Ontem nas
celebrações de St. Patrick’s day na parada de Carrigaline (em Cork, Irlanda),
quatro enorme elefantes assumiram o estatuto de atracção principal.
Em Roma do século
XVI como em Carrigaline do século XXI, a figura dos elefantes foi símbolo de
exotismo e de espanto capaz de provocar enorme excitação a quem assistia à
parada. Eram muitos os olhares e as expressões maravilhados. Eu diria que
estrelas da música pop actual não conseguiriam reunir maior atenção do que a
que aqueles quatro pacientes animais obtiveram ontem.
No final do dia,
no Gaelic Bar, entre pints de Guinness eram muitas as pessoas que recordavam o
evento do dia.
Elefantes na rua principal de Carrigaline durante a parada de St Patrick's |
Havia quem
jurasse haver tocado nos elefantes. Outro garantia que às tantas um dos elefantes
havia mostrado sinais de revolta e agressividade e que não fosse ele gritar de
vozes de comando que havia aprendido durante umas férias na Tailândia e sabe-se
lá o que poderia ter acontecido.
Outro ainda
jurava que um dos elefantes lhe tinha roubado umas batatas fritas com sal e
vinagre que ele comia na altura e que não fosse a sua mulher ter-lhe apelado à
calma e que ele esteve a dois passos de trepar para a cabeça do animal.
Histórias bem
regadas cuja veracidade não posso garantir, mas na altura em que foram
reveladas faziam perfeito sentido e que demonstram bem o impacto que a visita
dos elefantes teve na para de St. Patrick’s.
Em Roma como em
Carrigaline...
Thursday, 15 March 2012
The Grand Tour - A grande viagem a Roma
Fazia parte da
educação de um gentleman, de um verdadeiro nobre e detentor de elegância e
cultura fazer uma viagem de uns dois anos que passasse de forma obrigatória por
Roma.
Estas viagens tiveram
grande importância também nos países de origem já que os viajantes levavam
consigo influências literárias, artísticas, arquitectónicas para além de novos
hábitos de indumentária, gastronómicos e de comportamento e etiqueta.
Um exemplo merecedor
de destaque foi Goethe e o seu livro “Italian Journey”.
Wednesday, 14 March 2012
Túmulo de John Keats, no cemitério Protestante em
Roma
Junto à Piazza di
Spagna, em Roma, a casa museu de John Keats merece uma visita.
Keats morreu em
Roma em Fevereiro de 1821 vítima de tuberculose. O seu túmulo está localizado
no cemitério protestante de Roma (também conhecido como Cimiterio Testaccio) junto à pirâmide de Caio Cestio.
Este era um
cemitério para quem não era Católico Romano e estava, por isso, localizado
distante to centro da cidade e fora da muralha de Roma.
Richard
Krauthiemer, autor do brilhante livro “Rome,
Profile of a City 312 – 1308” também descansa neste cemitério de Roma.
Inscrição no
túmulo de John Keats:
This Grave contains all that
was mortal, of a Young English Poet, who on his Death Bed, in the Bitterness of
his heart, at the Malicious Power of his enemies, desired these words to be
Engraven on his Tomb Stone:
Here lies One Whose Name was writ in Water.
Here lies One Whose Name was writ in Water.
Monday, 12 March 2012
Para David Silva – Michelangelo’s inspiration for
his David lives in Alverca, Portugal
24 hours in Rome with
family
This is meant to be a very quick and high level guide for
someone who, for the first time, is going to visit Rome and who has one day
only.
Rome is endless. One life is not enough. One day in Rome,
however, beats a lifetime in Moscavide, Tallaght or Slough.
Obviously, we are forced to make choices and to leave
out of our itinerary some amazing, marvellous, interesting landmarks of Rome.
We
are also forced to adjust these suggestions to a family with children. This
means, for example, that the Vatican Museum is not in the plan. Amazing as it
is, a visit to the Vatican Museum requires a lot of time (a scarce resource) and
is not child friendly. Should the Vatican Museum be a “must” and an unavoidable
choice, then the itinerary would need to be adjusted.
Please be aware that the Romans are not particularly nice and
friendly. You are there, however, to visit Rome and should not allow the
Romans’ crankiness spoil it for you.
If there was justice in this world, Rome would be inhabited
by Irish people. What we would lose in style, poise and glamour, we would gain
in friendliness, happiness and sense of humour.
A few pieces of advice should be considered:
1.
Invest in a guide or a guided tour for the day –
Rome is magnificent and even with more time you’re likely to overlook things
that you should visit. With just one day, time is of the essence. Someone who
can guide you, save you the time of looking at a map and point out for you the
main features is priceless
2.
Make sure you do include in your itinerary time
to enjoy the city. Rome is not a theme park. Ensure that you allow time for
some leisure, for a good meal, for a couple of drinks, for an ice cream, for a
cappuccino, to watch the Romans go by, to absorb the atmosphere
3.
Please do some research. Having an idea of
Rome’s history and of what you’re looking at will enhance the pleasure you’ll
take from this visit.
4.
Be aware of the pickpockets. I find Rome a very
safe city, but it is also known for having a good few people who, given a
chance, are willing to relieve of the weight of your wallet.
5.
Do not wear shorts. Firstly, and especially if
you’re Irish, for aesthetic reasons. Irish people are simply too pale to be
allowed showing off any bits and pieces of the body that go beyond your face,
arms and hands. Secondly because you may be denied access to some churches like
St. Peter’s basilica.
Start the day at St.
Peter’s Basilica. The earlier the better. People, generally speaking, are a
nuisance and that’s even more valid when they spoil the atmosphere of St.
Peter’s and when they increase the queues to go through the security check.
Some of the obvious highlights include the Pietà by
Michelangelo, the baldacchino by Bernini, Cappella del Santissimo Sacramento,
St Peter’s Chair, Urban VIII’s monument and Alexander VII’s monument both by
Bernini, Statue of St Pieter by Arnolfo di Cambio (if you’re allowed to rub the
statue’s foot do not forget to ask for Benfica’s victory of the Portuguese
league) and the statues at the crossing of the transept.
Wander through the basilica and enjoy. When done follow the
signs to the Papal tombs and visit the tombs of some of the Popes buried in
Rome (including John Paul II).
Leave the basilica and take some time to observe the Piazza San Pietro designed by Bernini.
Resist the temptation of eating around the Vatican. With
very few exceptions, you will more than likely be overcharged.
Walk down via della Conciliazone towards Castel Sant’Angelo (or Hadrian’s
mausoleum) and cross the Tiber using Ponte
Sant’Angelo (Bernini again).
Continue walking through the narrow streets towards Piazza Navona. Admire the fountains and
in particular the Fountain of the Rivers
(Bernini yet again) and the church of Sant’Agnese
in Agone by Borromini.
This is also a nice place to sit down, stop for a few
minutes and allow the children to run around.
Very close to Piazza Navona you’ll have a few interesting
things to see. Across from the Corso Vittorio Emanuele you have Campo di Fiori with a very interesting
and colourful street market and Giordano
Bruno’s statue.
Very close to the opposite end of Piazza Navona you also
have the church of Sant’Agostino
with Raphael’s fresco of the prophet Isaiah and Caravaggio’s Madonna di Loreto.
Just around the corner from the middle entrance to Piazza
Navona you also have the church of San
Luigi dei Francesi where you’ll be able to admire Caravaggio’s masterpieces
“The Calling of St. Mathew”, “The Martyrdom of St Mathew” and “the inspiration
of St Mathew”.
In relation to visits to churches please keep in mind that
most close for lunch time (usually from 12.30 to 3.30).
And you also have The Pantheon which is one of the absolute
highlights of Rome.
Speaking of highlights… also very close to Piazza Navona, in
vicolo Savelli, you can have one of the best pizzas in Rome in pizzeria Montecarlo. I strongly suggest
pizza Montecarlo and the bruschettas, but they also serve very good pasta.
This pizzeria closes on Mondays and is usually very busy so
it is important to time your lunch in order to get there early enough also
considering that you’ll want to pick a good table to accommodate the children.
The only issue I have with pizzeria Montecarlo is that they
do not serve coffee. However, in order to enjoy one their superb pizzas I am
prepared to ignore this otherwise serious handicap and just have my coffee in
any place around the corner.
So depending of the time you arrive at Piazza Navona, I
suggest you squeeze some of the above suggestions before lunch time and then go
for lunch and relax.
Quick note: Not far from Piazza Navona (perhaps a 5 to 10
minute walk) you also have la via dei
Portoghesi and the church of Sant’Antonio dei Portoghesi. It isn’t a major
attraction especially if you have serious time constraints, but it might be of
interest to some Portuguese when visiting Rome and it is a very nice church run
by very friendly people.
In the afternoon it is time to walk to the famous Fontana di Trevi. Despite being always very busy during the day, once you’re so close to one of the most famous landmarks of Rome it would be a shame to miss it. From piazza Navona and with children it will probably take you 10 to 15 minutes on a leisurely walk.
From Fontana di Trevi I suggest you take the direction of Piazza di Spagna. It isn’t far, but it
is a bit of a climb. So, if you do not fancy the walk, you may want to consider taking a taxi to save yourself the time and the energy. Obviously, you'll miss one more opportunity to walk the streets of Rome...
The Spanish steps
are also a very famous landmark of Rome and I guess it is worthwhile seeing it
if it is your first time in Rome. Also admire the fountain by Bernini (the
father) Fontana della Barcaccia. If
you had more time you could visit Keats and Shelley Museum or the church of
Trinità dei Monti and it is also the lack of time your perfect excuse to
discourage your wife from visiting some of the most fashionable shops in Rome
in via dei Condotti.
At this point I am guessing that it is mid-afternoon and
that you’re getting tired and that your children, whose cooperation has
probably been bought with ice creams, are probably getting a bit cranky and so
the last thing you want is to submit them to another walk.
My suggestion is, therefore, to hop on a taxi (they are very
well identified) and go to the Coliseum.
Remember: you must not leave Rome without going to the Coliseum.
It is an impressive sight from the outside, but I would
recommend going on a guided tour of the inside.
Next to the Coliseum you also have the arch of Constantine and this is when your prior research and
guidebook come in handy so that you can admire it.
Should you, at this point in time, have some energy and time
left, then I would suggest a few possible scenarios:
a)
Walk through the Roman Forum, have a real taste of classical Rome, walk the Via
Sacra towards the Capitoline (the children can run wild) and pretend you are an
emperor coming from an triumph against the barbarians
b)
Walk the via dei Fori Imperiali to the Monumento a Vittorio Emanuele II and go
around the corner to Piazza di Campidoglio
designed by Michelangelo (and admire the statue of Marcus Aurelius and
perhaps visit the amazing Capitoline Museum where you have the famous she wolf
and where you have access to an outstanding view over the Roman Forum)
c)
Go to San
Pietro in Vincoli (I believe that the church does not close until 6pm
during the Winter and maybe 7pm during the spring and Summer) and admire the
relic of the chain that bound St Peter when he was imprisoned in Jerusalem and
in Rome (Mamertine Prison) and the impressive statue of Moses by Michelangelo
And your day is ending… I hope you have enjoyed the one day
visit to Rome and that you, at the very least, have the will to return and to
learn more about this fantastic city.
Saturday, 10 March 2012
“I, Tiberius Claudius Drusus Nero Germanicus
This-that-and-the-other (for I shall not trouble you yet with all my titles),
who was once, and not so long ago either, known to my friends and relatives and
associates as “Claudius the Idiot” or “That Claudius”, or “Claudius the
Stammerer”, or “Clau-Clau-Claudius”, or at best as “Poor Uncle Claudius”, am
now about to write this strange history of my life;”
“I, Claudius” by
Robert Graves
Thursday, 8 March 2012
Testículos, pequenas testemunhas
O novo e o antigo
testamentos da bíblia supostamente validam
a vontade de Deus. Essa validação vem em forma de testemunho de quem supostamente viu, sentiu, escutou a palavra e a
presença de Deus.
A origem da
palavra testamento parece vir do
latim testis para testemunha e é a raiz de algumas
palavras interessantes.
Temos, por
exemplo, detestar que literalmente
significaria denunciar alguém com o nosso testemunho,
temos contestar para testemunhar com ou trazer para acção
alguém com conjunto com o nosso testemunho,
temos protestar para testemunhar publicamente em favor de ou testemunhar antes de.
Temos ainda testículo. Testículo vem do latim testiculu
e significa pequena testemunha.
Há várias teorias
para explicar de onde vem a ligação de testículo
a testemunha. Os testículos seriam evidência ou testemunha
da virilidade do homem.
Desconhece-se com
precisão como eram feitos os juramentos na antiguidade, mas tudo indica que não
seriam efectuados com a mão junto ao coração.
Uma teoria indica
que no passado as testemunhas fariam
o seu juramento ou dariam a sua garantia com a mão nos testículos. Outra teoria aponta no sentido de que os juramentos das testemunhas fossem efectuado com a mão
nos testículos da pessoa a quem (ou perante quem) estavam a jurar... Façamos
uma pausa para imaginar como seria se esta prática se mantivess até aos nossos dias...
Na idade média
surgiu a lenda da Papisa Joana de acordo com a qual uma mulher de grande
erudição e disfarçada de homem teria ganho tal notariedade nas ordens
eclesiásticas ao ponto de ser eleita Papa.
Sedia Stercoraria |
A história não
acabou nada bem já que, estando grávida, durante uma procissão em Roma com
percurso da basílica de S. Pedro para a basílica de S. João Latrão, perto da
igreja de São Clemente, a Papisa terá entrado em trabalho de parto. A populaça
que assistia à procissão, horrorizada e muito pouco compreensiva e preparada
para este tipo de evento, terá atado os pés da Papisa a um cavalo que a
arrastou pelas ruas da cidade culminando num apredejamento até à morte.
Uma morte muito
pouco simpática, mas que terá servido como forte aviso para outras mulheres com
intenções similares.
Desta lenda –
aliás, desprovida de verdade – ficou uma outra prática também lendária.
Na eleição dos Papas
e para evitar mais episódios como o da Papisa Joana, o eleito sentar-se-ia numa
cadeira com uma abertura na base – sedia stercoraria,
literalmente cadeira do excremento - que permitiria a que um subalterno
judicioso, dedicado e, sem dúvida, com grande sentido de carreira com a sua mão
comprovasse tratar-se de um homem.
Uma vez mais, os testículos servindo de testemunha. Habemus Papam.
Comprovação táctil da virilidade do Papa Testículos servindo de testemunha |
Wednesday, 7 March 2012
Roma é também uma
cidade de pontes.
Do outro lado da ilha temos a travessia para o Trasteve e o bairro bairro tradicional dos judeus em Roma.
Uma outra ponte
famosa é a Ponte de Sant’ Angelo com as fabulosas esculturas de Bernini (na
verdade, são réplicas) representando os símbolos da paixão de Cristo.
A construção de pontes em Roma era um cargo de grande importância presume-se desde a era Etrusca.
Era tarefa tecnicamente
complicada e de grande responsabilidade. As pontes eram decisivas na expansão e defesa
do território, no desenvolvimento económico, no resultado de batalhas e tinham
também uma grande variedade de conotações simbólicas.
Este cargo tinha a denominação de pontifex (presume-se que de pons = ponte e fex = raiz de facere, fazer) e foi adoptado por os mais altos sacerdotes e governantes romanos (por exemplo, imperadores de cônsules adoptaram também este título) e passou a ser pontifex maximus. Ainda hoje o Papa tem o título de sumo pontífice e temos a palavra pontificado.
As pontes de Roma e fazer ponte em Portugal
Uma delas é a
Ponte Fabricio (também conhecida pela Ponte dei Quattro Capi por ter por dois Janus de quatro cabeças) que é a mais
antiga ponte de Roma e que, quase inalterada desde 62 a.C., permanece uma firme
sobrivente à fúria pretérita do rio Tibre.
Janus era o deus romano dos começos e das transições, das entradas, das portas, das
pontes, dos fins e do tempo quer em termos físicos quer em termos metafóricos e
simbólicos.
De Janus obtemos, por exemplo, janela e Janeiro (o mês de calendário e mesmo o meu amigo Paulo agora
residente em terras francesas e, sem dúvida, descendente de um deus clássico).
Esta ponte liga o
antigo gueto judeu à ilha Tiberina onde podemos encontrar a igreja de San
Bartolomeu que ocupa o lugar do antigo templo dedicado a Esculápio, deus grego
da Medicina.Do outro lado da ilha temos a travessia para o Trasteve e o bairro bairro tradicional dos judeus em Roma.
Ponte Fabricio, ou Ponte Quattro Capi, Roma |
Ponte Sant' Angelo, em Roma, com estátuas de Bernini e Castel Sant'Angelo ou Mausoléu do Imperador Adriano |
Ponte Sant' Angelo, Roma |
Durante séculos
esta seria a principal via seguida por peregrinos vindo de toda a Europa para
chegar à basílica de S. Pedro. Em 590, o Papa Gregório I, o Grande, (o tal que
dá o nome ao canto Gregoriano) vindo em peregrinação a São Pedro implorando o
fim da peste que assolava Roma, ao chegar à ponte terá tido uma visão do
arcanjo São Miguel embainhando a sua espada e assim dando sinal do fim da
peste. Este episódio dá o nome à ponte e ao Castel Sant’Angelo e antigo mausoléu
do imperador Adriano.
A construção de pontes em Roma era um cargo de grande importância presume-se desde a era Etrusca.
Este cargo tinha a denominação de pontifex (presume-se que de pons = ponte e fex = raiz de facere, fazer) e foi adoptado por os mais altos sacerdotes e governantes romanos (por exemplo, imperadores de cônsules adoptaram também este título) e passou a ser pontifex maximus. Ainda hoje o Papa tem o título de sumo pontífice e temos a palavra pontificado.
Não se entende,
portanto, a recente obsessão de acabar com as pontes em Portugal. É evidente que a prática de fazer ponte junto a um feriado aproximava,
em termos simbólicos, muitos Portugueses da Roma clássica e até do Papa Sumo
Pontífice. Quanto mais não seja em termos etimológicos... era sinónimo de
civilização avançada e erudição clássica.
Tuesday, 6 March 2012
Monday, 5 March 2012
Êxtase de Santa Teresa d'Ávila, Bernini, igreja de Santa Maria della Vittoria |
A famosa Fonte de Trevi |
Roma do Barroco, palavra Portuguesa
Roma é uma cidade
com uma presença formidável do período Barroco.
Bernini e
Caravaggio são apenas dos exemplos mais conhecidos da exuberância do período
barroco em Roma.
Barroco é uma palavra de origem Portuguesa talvez com influência de Broakti, cidade
da Índia conhecida por produzir pérolas muito irregulares.
Barroco é um
termo usado para caracterizar o período artístico em questão (século XVII até
meados do século XVIII) precisamente por oposição ao período renascentista e
por ser caracterizado pela extravagância, pela irrgularidade, por um estilo
demasiado vistoso e por um certo sentido jocoso, divertido e até provocatório.
Esta designação
foi aplicada posteriormente – isto é, Caravaggio, Bernini, Bach e Handel não
sabiam que eram barrocos – e para ilustrar o desagrado que muitos sentiam em
relação a um período que mostrava alguma falta de gosto ou até de respeito pela
herança dos períodos renascentista e maneirista.
A formidável Santa Maria della Vittoria ou a famosa Fonte de Trevi são dois exemplos do
período barroco na cidade eterna, mas
há uma imensidão de outros igualmente famosos que merecem atenção demorada.
Depois de visitas
consecutivas a exemplos da arte medieval ou até renascentista, uma visita um
destes exemplos é realmente de ferir a vista e a sensibilidade de quem se havia
habituado a cenários muito mais simples e despidos. Uma maravilha!
Para além do
termo barroco, Portugal tem uma marca interessante, ainda que discreta, em
Roma. Um tema, sem dúvida, a explorar.
Sunday, 4 March 2012
Rome in literature
A propósito deste
livro e em caso de visita a Roma, visitar o (inevitável) Castel Sant’Angelo e a
Villa Adriana em Tivoli (fora da cidade de Roma).
Thursday, 1 March 2012
Rome in literature
Cenas deliciosas
e irresistíveis de Roma, nos jardins do Monte Pincio, no Coliseu e no Forum Romano, na Piazza
de Spagna, na Piazza del Popolo. Um acepipe de comer e chorar por mais!
“I’m a fearful, frightful flirt! Did you ever hear of a nice
girl that was not?”
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